Após o sucesso da publicação virtual
de “Lux aurunque”, em 2010, Eric Whitacre partiu para um novo desafio,
aumentando o número de cantores envolvidos. Surgiu, então, “Sleep”, com mais de
1500 cantores de 58 países.
“Sleep” foi escrita em 1999 e tem
uma história interessante: o texto original era do poeta Robert Frost, mas
Whitacre não pediu aos herdeiros autorização para utilizá-lo, o que lhe rendeu
uma disputa que levou anos. Por fim, ele foi formalmente proibido de utilizar o
texto até o ano de 2038, quando se tornarão de domínio público. Solicitou,
então, no início do milênio, ao seu amigo Charles Anthony Silvestri que fizesse
um poema com a mesma estrutura do de Frost, que é a versão atual.
Infelizmente, a versão original, com
texto de Robert Frost, já não existe mais, pois Whitacre declarou que nunca
mais utilizará o poema, mesmo depois de 2038.
Sono
A noite paira sob a lua
Um fio de prata na duna escurecida
Fechando os olhos e descansando a cabeça
Eu sei que o sono está chegando
Sobre meu travesseiro, salvo na cama,
Mil imagens enchem minha cabeça,
Eu não consigo dormir, meus pensamentos voam,
Embora meus membros pareçam de chumbo.
Se houver ruídos durante a noite,
Uma sombra assustadora, luzes piscando...
Então eu me rendo ao sono,
Onde nuvens de sonho dão uma segunda visão.
Que os sonhos possam vir, escuros e profundos,
De asas e saltos esvoaçantes
Enquanto eu me rendo ao sono,
Enquanto eu me rendo ao sono.
Sleep
The evening hangs beneath the moon
A silver thread on darkened dune
With closing eyes and resting head
I know that sleep is coming soon
A silver thread on darkened dune
With closing eyes and resting head
I know that sleep is coming soon
Upon my pillow, safe in bed,
A thousand pictures fill my head,
I cannot sleep, my minds aflight,
And yet my limbs seem made of lead
A thousand pictures fill my head,
I cannot sleep, my minds aflight,
And yet my limbs seem made of lead
If there are noises in the night,
A frightening shadow, flickering light…
Then I surrender unto sleep,
Where clouds of dream give second sight.
A frightening shadow, flickering light…
Then I surrender unto sleep,
Where clouds of dream give second sight.
What dreams may come, both dark and deep
Of flying wings and soaring leap
As I surrender unto sleep
As I surrender unto sleep.
Of flying wings and soaring leap
As I surrender unto sleep
As I surrender unto sleep.
Charles Anthony Silvestri,
1965-present
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