Nasceu em novembro de 1898, na cidade de Visconde
do Rio Branco, Minas Gerais. Era filho do Sr. Theodolindo José Soares, mestre
de banda daquela cidade, de quem teve suas primeiras lições musicais.
Depois
da morte de seu pai, em 1918, fundou e dirigiu a primeira orquestra de cinema
em sua terra natal, transferindo-se mais tarde para a cidade de Campos (RJ)
onde integrou a Orquestra do Cinema Orion, durante quase dois anos, como 2º
violino. Foi contratado para organizar e dirigir a orquestra de cinema do
antigo teatro Melpômene, em Vitória, Espírito Santo.
Deslocou-se
para o Rio de Janeiro em março de 1923, onde estudou no antigo Instituto
Nacional de Música, atual Escola de Música da UFRJ, tendo como professores
Paulo Silva (Harmonia, Contraponto e Fuga) e Francisco Braga, (Composição e
Instrumentação). Terminou o curso em 1928.
Fundou e
dirigiu, durante 6 anos e meio, em Visconde do Rio Branco, a Escola de Música
Francisco Braga e o Côro Santa Cecília, da Matriz de São João Batista.
Mudou-se para Belo Horizonte em 1931, onde passou o resto de sua vida. Foi um
dos regentes da antiga Sociedade de Concertos Sinfônicos de Belo Horizonte,
fazendo sua estréia como compositor em Dezembro de 1932, à frente da referida
orquestra, no Teatro Municipal desta cidade, atual Teatro Francisco Nunes.
Em 1936
conquistou o primeiro prêmio no concurso de Suítes Brasileiras, instituído
pelo Departamento de Cultura, de São Paulo, com a peça Suíte Brasileira para
banda e coro misto facultativo.
Foi
catedrático de Contraponto e Fuga do Conservatório Mineiro de Música de Belo
Horizonte, e professor designado para as cadeiras de Harmonia Elementar e
Superior, Composição e Instrumentação durante 34 anos.
Entre
suas obras se destacam: a Sinfonia 'Annie Besant', para grande orquestra; a
ópera em 4 atos 'A vida' (Poema e Música"); as 'Sete Palavras' (Texto
latino e português", para a Sexta-feira da Paixão); e de toda a música
para o Sábado Santo da liturgia católica restaurada.
Conquistou,
em 1951, o primeiro prêmio no concurso entre compositores residentes em Minas
Gerais, instituído oficialmente pelo Governo de Minas Gerais, com sua
Sinfonia 'Krishnamurti', para orquestra de cordas; em 1961, com a sua
Sinfonia Descritiva 'Brasília'; em 1962, com a Missa Solene 'São João
Batista', para coro misto a 6 vozes, solos, órgão e orquestra de cordas; em
1963, com o Álbum de Canto e Piano (5 peças em vernáculo); e em 1964, com a
ópera de câmara 'História do Asceta e a Dançarina', em 1 ato. Dirigiu a
estréia mundial da ópera 'O sertão', do Maestro Fernand Jouteux, em Belo
Horizonte, no dia 29 de novembro de 1954.
A partir
da década de 70, retirou-se do cenário musical belo horizontino, dedicando-se
à restauração e revisão de suas obras. Faleceu em 1988, aos 90 anos, em sua
cidade natal.
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Hostílio Soares, ao centro, com alunos da Escola Francisco Braga, em Visconde do Rio Branco (circa 1930) |
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