É trabalhar com a palavra que, muitas
vezes, se superpõe a convenções musicais tidas como referenciais.
Nós alteramos a rítmica de compassos, se a
métrica assim pedir, pois a música coral está além do tempo de criação da
hierarquia de fortes e fracos de compassos.
Nós alteramos as dinâmicas, pois a acústica
e o conjunto vocal que temos nas mãos são diferentes sempre, assim como a
capacidade que cada grupo tem de transmitir uma mensagem mais, ou menos,
expressiva a partir do texto que temos como referência.
Nós mudamos a técnica vocal de acordo com a
realidade do repertório de concerto: Bach... Brahms... Renascença... MPB
(arranjos)... Missa Afro, de Carlos Alberto Pinto Fonseca... Beatles...
Nós inventamos o conceito de agógica!!!
Somos livres no tempo, com o tempo e para o tempo... (desde que o bom gosto, o
decoro, sejam mantidos).
Somos tantas coisas que aqui eu ficaria
durante muito tempo discursando.
Resumindo: nós somos músicos de “palavras”.
P.S. Não. A melodia nós não alteramos.
Muito bom. Arnon só você para nos brindar desta forma.
ResponderExcluir