segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O que vamos cantar nos concertos Mozart (1)

Ave Verum de Mozart
No ano de sua morte, 1791, Mozart compôs uma outra obra sacra além do Requiem: o moteto Ave verum corpus. A peça para coro, cordas e órgão (provavelmente escrita a pedido de Anton Stoll, diretor do coro de Baden e amigo de Mozart, para a festa de Corpus Christi daquele ano)  respira o espírito de finalização que o Requiem nunca sentiu. No espaço de justos 46 compassos, o moteto desenvolve uma excepcional riqueza de nuanças harmônicas, induzidas pelo conteúdo do texto, os quais Mozart integra sem uma quebra na simplicidade solene do hino.

Uma das minhas preferidas, a qual sempre procuro inserir nas apresentações do Requiem. No vídeo que sugiro assistirem, cantamos com a Orquestra Sinfônica das UEMG, em 2008, na Catedral da Boa Viagem.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Carinhoso (por um coro argentino)


E quem disse que não dá pra pronunciar bem o português? Melhor que muitos coros brasileiros. Um bom fim de semana a todos!!!


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O Programa Mozart que se aproxima

Por que Mozart? Porque está na hora de nos aventurarmos pela literatura deste compositor, a qual é muito complexa quando se trata daquilo que ele escreveu para coro, além de ser maravilhosa e não tão conhecida como se pensa.

Nos concertos dedicados a ele, em outubro próximo, selecionamos obras sacras onde o coro é fundamental. Uma delas é a Missa em dó menor, da qual extraímos o Kyrie e o Gloria. Esta obra, junto com o “Réquiem” (que cantaremos em novembro), são sem dúvida nenhuma, as duas obras mais importantes de Mozart, no campo da música religiosa.
Pouco se sabe sobre a sua criação, que ocorreu em Viena, entre 1782 e 1783, e muito menos ainda sobre sua primeira apresentação na igreja de Saint Pierre de Salzburg, no  dia 26 de outubro de 1783.

Quando Mozart escrevia esta missa, estava passando por uma grande crise em sua atividade criadora, provocado por outras encomendas e até sobrecarga de alunos, que sem dúvida lhe traziam seus maiores dividendos financeiros.
Em uma carta a seu pai, datada de 4 de janeiro de 1783, Mozart faz menção a uma promessa que lhe havia feito “do fundo do coração”, de escrever uma obra de ação de graças, pelo restabelecimento de sua esposa Constance Weber. 

Aqui uma bela e recente gravação, conduzida pela excepcional Laurence Equilbey:




terça-feira, 24 de setembro de 2013

Próximos concertos do Madrigale


Concertos do Coro Madrigale no mês de Outubro e Novembro. Marquem nas suas agendas:
13/10 – Fundação de Educação Artística (Manhãs Musicais) – 11:30
Magnificat – John Rutter

22/10 – Conservatório da UFMG – 20:00
Madrigale canta Mozart

23/10 – Teatro Bradesco (Festival Mozart) – 20:00
Peças sacras escolhidas de W. A. Mozart

02/11 – Catedral da Boa Viagem – 9:00
Requiem, de W. A. Mozart

26/11 – Conservatório da UFMG – 20:00

Requiem, de W.A. Mozart

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Fotos do último concerto


Foi um lindo concerto que marcou o retorno do Madrigale aos palcos.
Aqui algumas fotos daquele dia especial...

No próximo, cantaremos Mozart. Atentem-se!!!









terça-feira, 17 de setembro de 2013

O programa do concerto de hoje

O programa do concerto:
Morten Lauridsen (1943 - )
- Dirait-on
-  Sure on this shining night

John Rutter (1945 - )
- Magnificat
            - Magnificat
            - Of a Rose
            - Quia fecit mihi magna
            - Et misericordia (solista: Clara Guzella)
            - Fecit potentiam
            - Esurientes (solista: Patrícia Cardoso Chaves)
            - Gloria Patri (solista: Clara Guzella)

- The Lord bless you and keep you


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Requiem de Fauré, amanhã, no Palácio das Artes (Sérgio Anders, solista)


Gabriel Fauré compôs seu Requiem em ré menor, op. 48, entre 1887 e 1890. Esta Missa de Mortos, escrita para coro, solistas e orquestra, é a mais conhecida de suas obras.

As razões para a composição desta obra não são claras. Ele compôs a obra no final da década de 1880 e a revisou na década de 1890, finalizando em 1900. É um Requiem curto, durando aproximadamente 40 minutos, escrito para orquestra, órgão, coro e dois solistas, soprano e barítono, e escrita em latim. Consiste de sete movimentos, sendo famosa a ária central para soprano, Pie Jesu. Fauré pensou esta ária para um menino cantor, pois a primeira execução, na Madeleine (Paris), em 1888, foi dada por um coro de meninos e adultos (a Madeleine não admitia mulheres no coro).


No concerto de amanhã, no Palácio das Artes, o Pie Jesu será cantado por Sergio Anders (uma das mais belas vozes de contratenor que eu conheço). Imperdível!!!


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Sala Kátia Malloy

A Sala Kátia Malloy
Em 2005, a presidente do Madrigale, Kátia Malloy, resolveu seguir uma ideia do cantor JOUBERT OLIVEIRA, que considerava ser de extrema importância o coro ter sua própria sede (ou lugar de ensaios). Na época, ela propôs a todos que direcionássemos nossos cachês e projetos, dentro da instituição Madrigale, para uma caixinha que teria a finalidade de aquisição deste espaço. Claro que deu certo, pois ela sabia administrar dinheiros e nossos sonhos muito bem, e já em 2006, graças ao achado de outro cantor, RODRIGO BASTOS, lá estávamos nós comprando e partindo para a reforma do nosso espaço.
O tempo passou e hoje somos um dos poucos grupos corais em BH, e no Brasil, que temos a nossa sala de ensaios. Muito boa em espaço e acústica (e lá estão os projetos dos nossos arquitetos/engenheiros/cantores GUSTAVO FONSECA, RODRIGO BASTOS, MARIA CECÍLIA SOARES, WERNER SILVEIRA).
Quis o destino que Kátia não continuasse conosco, fisicamente, mas sua presença é intensa nos nossos corações e mentes. MAURO CHANTAL deu a ideia de batizarmos a “Sala do Madrigale” com o nome dela e isto foi aceito por todos imediatamente. Aguardamos o dia 07 de setembro, dia do seu aniversário e lá estávamos para um café da manhã, ensaio e inauguração das placas que marcam este fato.
GUSTAVO FONSECA, nosso novo presidente, fez toda a arte, além de pregar nas paredes, falar e fazer este maestro ficar comovido às lágrimas. A foto dela está lá, assistindo os nossos ensaios e o que faremos desta sua paixão enorme que era e é o CORO MADRIGALE.


As fotos mostram as placas, as quais reproduzem a assinatura de Kátia (ideia do JOUBERT).





sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pai Nosso – Malotte (Madrigale)

Uma gravação de 2009, realizada na Catedral da Boa Viagem. Vale como lembrança pelo aniversário da nossa Kátia, no dia de amanhã (ela está ali, bem no meio).

Um bom fim de semana a todos!!!


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Próximo concerto Madrigale

Retornando aos nossos concertos normais, e abrindo a temporada deste segundo semestre, apresentaremos o Magnificat, de John Rutter, além de peças do compositor americano Morten Lauridsen. Imperdível!!!

Cartaz: Fred Aflalo

terça-feira, 3 de setembro de 2013

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sure on this shining night, de JAY GIALLOMBARDO.

Este texto, tão complexo e cheio de sentimento, me levou a pesquisar novos compositores que o utilizaram em composições musicais. Samuel Barber foi um deles; mas fiquei impressionado com a abordagem de Jay Giallombardo. Aqui o Westminster Chorus canta, informalmente, na Petrikirche, em Dortmund (Alemanha). Estavam experimentando a acústica, durante um passeio, e o resultado foi este aqui:


Sure on this shining night
Of star-made shadows round
Kindness must watch for me
This side the ground

The late year lies down the north,
All is healed, all is health
High summer holds the earth,
Hearts all whole

Sure on this shining night
I weep for wonder
Wandr’ing far alone
Of shadows on the stars.

James Agee (1909-1955) - “Descrição do Elísio”, de Permit Me Voyage, stanzas 6-8, 1934.

Tradução:
Certamente nesta noite brilhante
de sombras desenhadas pela luz das estrelas
A doçura deve cuidar de mim
Neste canto da terra.

O último ano repousa no Norte.
Tudo está curado, tudo está saudável.
O Verão pleno mantém a terra.
Completos os corações.

Certamente nesta noite brilhante,
eu choro admirado,
vagando solitário,

pelas sombras das estrelas.