sexta-feira, 28 de junho de 2013

Hold on!


Esta gravação foi feita no dia 24/04/2013, quando realizamos o concerto Negro Spirituals, no Conservatório da UFMG (BH). Além dos solistas Indaiara Patrocínio e Gustavo Fonseca, tivemos conosco o percussionista e ex-Madrigale Werner Silveira.

Este spiritual exorta aqueles que estão com os corações alquebrados a perseverarem até o fim. Um pouco diferente de outros ele começa contando o diálogo entre dois irmãos: Nora e seu irmão mais novo. Este pede a ela que permita que ele entre em casa, e ela diz que ela não permitirá porque ele não está mantendo as mãos firmes no arado. Uma alegoria à falta de fé no evangelho.

A demanda de Nora é baseada em uma passagem do Novo Testamento que diz: “E Jesus lhe disse: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus.” O texto é longo, mas merece ser lido e acompanhado.
Tradução:
Segure firme, Senhor!
Segure firme!
Nora, me deixe entrar,
As portas estão todas fechadas e as janelas pregadas!
Mantenha suas mãos no arado
Sim, você deve segurar firme!
Nora disse: “você perdeu seu caminho
Você não pode ficar reto olhando para trás
Mantenha suas mãos no arado
Sim, você deve segurar firme!
Bem, meu irmão, segure firme!
Sim, você deve segurar firme!
Sim, mantenha suas mãos no arado
Sim, você deve segurar firme!
Se você quer ir para o paraíso
Deixe-me dizer-lhe como:
Apenas mantenha sua mão no evangelho
Sim, mantenha suas mãos no arado
Sim, você deve segurar firme!
Se aquele arado permanecer em suas mãos,
Você irá direto para a terra prometida
Sim, mantenha suas mãos no arado
Sim, você deve segurar firme!
Bem, minha irmã, segure firme!
Sim, você deve segurar firme!
Sim, mantenha suas mãos no arado
Sim, você deve segurar firme!
Mary tinha uma corrente dourada
E cada elo formava o nome de meu Jesus!
Sim, mantenha suas mãos no arado
Sim, você deve segurar firme!
Se mantenha subindo e não se canse, Senhor,
Por que cada degrau vai mais alto e mais alto.
Sim, mantenha suas mãos no arado
Sim, você deve segurar firme!
Mantenha-se firme
Sim! Rezando!
Cantando! Gritando! Senhor
Sim, mantenha suas mãos no arado

Sim, você deve segurar firme!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

7º Encontro ALMG de Corais

Começou na segunda-feira (24/6/13) a 7ª. edição do Encontro ALMG de Corais, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O evento foi aberto durante o programa Segunda Musical, com a apresentação do Madrigal Renascentista, às 20 horas, no Teatro da Assembleia (Rua Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho).

O encontro, realizado pela primeira vez em 2005, tem como objetivos proporcionar o intercâmbio entre corais de instituições públicas, dar visibilidade ao trabalho realizado por cada um deles e valorizar a atividade cultural dos servidores e familiares dentro do ambiente de trabalho. São esperados, para o evento, aproximadamente 350 coralistas.

“O canto coral é uma atividade que proporciona ao servidor e ao leigo a oportunidade de ter uma vivência musical”, ressalta o regente do Coral da Assembleia, Guilherme Bragança. Segundo ele, as apresentações contarão com um repertório variado, que abrangerá músicas clássicas e tradicionais de coral, o negro spiritual (canto coral próprio dos negros americanos que se difundiu pelo mundo), bem como canções populares brasileiras e estrangeiras.

De acordo com o maestro, a programação também inclui uma reunião entre regentes e coordenadores dos corais participantes do encontro para debater o ensino de música nas escolas e as alternativas de incentivo à educação musical de adultos.

Participantes – Além do Coral da Assembleia, participam desta edição do evento os corais Elizabeth Figueiredo (ex- Tribunal de Alçada), Arte em Canto (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário - Sitraemg), Vozes na Estrada (DER/MG), Gremig/Cemig, Cidade em Canto (Cidade Administrativa), Vozes de Minas (Correios), Vozes das Geraes, Contas & Cantos (Tribunal de Contas), bem como os corais do Ministério Público de Minas Gerais, do BDMG, da Copasa e da Imprensa Oficial.

Confira a programação:
 


25 de junho
27 de junho
28 de junho
Coral da Assembleia Legislativa
Regente: Guilherme
Bragança
Coral da Copasa
Regente: Eliane Fajioli
Coral Vozes na Estrada (DER/MG)
Regente: Marco Antonio Maia Drumond
Coral Elizabeth Figueiredo (ex- Tribunal de Alçada)
Regente: Álvaro Antônio Rodrigues
Coral Vozes das Geraes
Regente: Robson Lopes
Coral Gremig/Cemig
Regente: Luiz Flavio dos Santos
Coral do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
Regente: Cristina Maria Miranda Bello
Coral Contas & Cantos – Tribunal de Contas
Regente: Cleude William
Coral Vozes de Minas (Correios)
Regente: Sérgio Canedo
Coral Imprensa Oficial
Regente: Vivian Assis
Coral Cidade em Canto (Cidade Administrativa)
Regente: Geraldo José Ferreira

Coral Arte em Canto (Sitraemg)
Regente: Álvaro Antônio Rodrigues
Coral BDMG
Regente: Arnon Oliveira

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cantamos no Música de Outono

E lá fomos nós para Ouro Preto, revisitando a nossa querida Igreja de São Francisco, sempre identificada como a igreja que tem a pintura de Ataíde no teto. Maravilhosa e dona de uma acústica poderosa e equilibrada (não tanto para as peças rápidas, mas ainda assim equilibrada), esta é daquelas naves que todo coro gostaria de ter em casa, para sua apresentações de todo dia. Fomos recepcionados pela equipe organizadora do evento, a qual se mostrou competentíssima, não nos faltando nada em momento algum.

Um ensaio rápido, com portas fechadas, e já nos preparamos para o momento concerto. Igreja cheia. Público atento e caloroso. Silêncio. E lá se foram as notas sacras a percorrer as cores do Ataíde, enchendo de vida aquele templo que, para mim, se presta ao duplo ofício de igreja e teatro. Judas Mercator (Nunes Garcia), Pater Noster (Villa-Lobos), Ave Maria (Nelson Salomé), Salmo 150 (Widmer), Gloria, Agnus Dei e Dona nobis (Carlos Alberto Pinto Fonseca), uma parte sacra à maneira dos concertos tradicionais corais. Tudo soa bem naquele lugar. Mas, ainda tínhamos outra parte para cantar.

Muié rendera (CAPF), Beatriz (Chico/Edu Lobo), Canção do Cego (Hostílio Soares), Chula no terreiro (Frederico Dantas), Galo Garnizé (Folclore mineiro) e Cateretê (Mignone). Uma outra parte voltada para um profano de mineiros, ou de músicas ligadas aos coros mineiros. Foi um percurso longo e fascinante para nós, que tínhamos a impressão de que uma grande história de música coral brasileira se passava à nossa frente, vivamente observada por nós e pelo nosso público. E enfim cumprimos uma bela missão de final de semestre, inseridos neste belíssimo festival promovido pela turma da Orquestra Ouro Preto, tendo esse amigo e grande músico e empreendedor: Maestro Rodrigo Toffolo. Que venham outras Músicas de Outono, se ampliando e se tornando uma das boas referências da música em nossa Minas Gerais. 

Igreja de São Francisco de Assis - Ouro Preto (Foto: JE Ramos)

Fotos de Naty Torres:
(Apreciem sem moderação)









sexta-feira, 14 de junho de 2013

Agnus Dei/Dona nobis (Carlos Alberto Pinto Fonseca)

Agnus Dei/Dona nobis (Carlos Alberto Pinto Fonseca)
De tempos em tempos há que se lembrar deste que foi o nosso regente maior na arte coral. À frente do Ars Nova, Carlos Alberto era um leão quando se tratava de peças de efeitos, e uma figura humana da maior doçura quando o assunto era a expressividade. Isto podemos ver nesta obra-prima em duas partes, criada por ele, que é o Agnus Dei e o belíssimo Dona nobis pacem, partes finais da incrível Missa Afro-Brasileira de batuque e acalanto, escrita em 1971.

O Agnus Dei divide suas duas partes entre ritmos baseados no samba-canção, sendo que as melodias são acompanhadas ritmicamente pelas vozes graves, com os baixos se comportando como verdadeiras notas graves de violão. Acrescente um pandeiro e tudo está no lugar.

O Dona nobis é uma oração, onde o compositor cria musicalmente a essência para o texto que suplica a Deus que nos dê paz. Mas, como Carlos Alberto escreve na introdução da missa, impossível manter um clima pacífico até o fim, sendo que as conturbações deste mundo, e do nosso tempo, exigem que o nosso grito seja ouvido, talvez com a intenção de acordar aqueles que teimam em não ter fé, conturbando mais ainda este mundo.


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Música de Outono em Ouro Preto


Música de Outono em Ouro Preto
Entre os dias 18 e 22 de junho, Ouro Preto abriga a primeira edição do festival Música de Outono. O evento é uma realização da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio, com produção da Castro Lobo Produções Musicais e Artísticas e apoio cultural da Globo Mnas.

O Música de Outono é um festival dedicado ao repertório pertencente ao universo da música erudita. O evento foi idealizado com o objetivo de ratificar a vocação para música da cidade de Ouro Preto, tendo como referência o passado musical da antiga Vila Rica e o efervescente cenário contemporâneo. “Nossa cidade possui hoje uma extraordinária cadeia produtiva no campo da música, com uma orquestra residente, um seleto grupo de instrumentistas, o curso de licenciatura e bacharelado em música da Ufop e as tradicionais sociedades e bandas musicais, fazendo de Ouro Preto uma cidade privilegiada para se fazer e ouvir música”, observa o Secretario Municipal de Cultura e Patrimônio, José Alberto Pinheiro.

Quarteto Radamés Gnatalli, Orquestra Ouro Preto, Coro Madrigale, Ricardo Amado e Pablo de León, grupos e músicos reconhecidos no Brasil e internacionalmente, fazem parte da programação do festival. Todos os concertos do Música de Outono têm entrada gratuita.

Programação
Logo em sua primeira edição, o Música de Outono quer se firmar como um dos grandes festivais de música erudita do país. Serão nove atrações em cindo dias de evento, que buscam oferecer um rico panorama acerca da música de concerto produzida em Minas Gerais e no Brasil. “O Música de Outono, além de permitir ricas experiências de trocas entre os músicos, inaugura na cidade atividades que contemplam a música de câmara e de concerto em um único evento, proporcionando ao público o contato com o que há de referência no gênero”, comenta o Maestro Rodrigo, regente titular da Orquestra Ouro Preto e curador do Música de Outono. 

O concerto de abertura ficará a cargo da Orquestra Ouro Preto. Com regência de Rodrigo Toffolo e participações especiais dos solistas Ricardo Amado, Pablo de León (violino) e Hugo Pilger (violoncelo), o grupo mineiro, recém chegado de turnê europeia, apresenta o programa As Oito Estações, junção das “Quatro Estações” de Antônio Vivaldi” e das “Estações Portenhas” de Astor Piazzolla.

Um dos pontos altos do festival é a participação do Quarteto Radamés Gnatalli. O premiado grupo, indicado ao Grammy Latino 2012 pelo álbum “Prelúdio 21”, ao Prêmio da Música Brasileira 2013, pelo CD “As Quatro Estações Cariocas”, vencedor do Prêmio Rumos Itaú 2007 e reconhecido como o melhor conjunto de câmara do Brasil pelo XIII Prêmio Carlos Gomes, encerra o Música de Outono no dia 22 de junho, às 21h, com um concerto na Basílica de Nossa Senhora do Pilar.

Regido pelo Maestro Arnon Sávio, o Coro Madrigale, aclamado como um dos mais importantes nomes do canto coral e sinfônico coral em atividade no Brasil faz parte da primeira edição do Música de Outono, com apresentação marcada para o dia 20 de junho, quinta-feira, às 20h30 na Igreja de São Francisco de Assis.

Em sua programação, o festival privilegia igualmente concertos solos que expresam as múltiplas possibilidades de execução camêristicas. Ao bandoneon, instrumento que o imortalizou no cenário da música de concerto nacional e internacional, Rufo Herrera apresenta um repertório que vai de Bach a Astor Piazzola, passando por composições próprias, incluindo a estreia mundial da Suíte Austral Nº 2, para bandoneon.

Instrumentistas como o pianista mineiro Flávio Augusto – detentor de 28 prêmios nacionais e internacionais, com destaque para o Prêmio Internacional de Piano Villa-Lobos-, o violonista Tabajara Belo – prêmio de melhor instrumentista da VII Edição do BDMG Instrumental - e da organista e cravista Elisa Freixo, também marcam presença em três concertos solos.

Outro destaque do Música de Outono é o lançamento do livro “Heitor Villa Lobos, o Violoncelo e seu Idiomatismo”  de Hugo Vargas Pilger. Professor de violoncelo da UNIRIO, violoncelista do Quarteto Radamés Gnattali e primeiro violoncelo da Orquestra Petrobras Sinfônia, o autor propõe analisar e discutir a importância que o violoncelo teve na vida pessoal e profissional de Villa-Lobos. O lançamento do livro contará com um bate-papo com o autor e um recital do Duo Barrenechea, formado pelo próprio Hugo e pela pianista Lúcia Barrenechea.

Locais dos Concertos
Templos da fé e da arte barroca, as tricentenárias igrejas, com suas exuberantes acústicas e a Casa da Ópera – Teatro Municipal (o mais antigo das Américas em funcionamento) receberão as apresentações do Música de Outono, protagonizando um momento ímpar de fruição estética da cidade e de suas sonoridades.

Rodrigo Toffolo aponta que o Música de Outono enriquecerá, ainda mais, a agenda cultural de Ouro Preto. “Isso, não só para o próprio ouro-pretano, que terá a oportunidade de assistir concertos de qualidade, mas também ao turista, especialmente aqueles que acompanharão a Copa das Confederações nas cidades sede e que, eventualmente, visitarão Ouro Preto no período de realização do evento esportivo”, observa.

Clique aqui e confira a programação completa
 
SERVIÇOS
Música de Outono - De 18 a 22 de junho em Ouro Preto – programação gratuita.
Ingressos: A retirada de ingressos será realizada no dia das respectivas apresentações, a partir das 14h até o término dos mesmos ou até uma hora antes dos concertos.
Locais de retirada: Casa da Ópera – Teatro Municipal. Contato: 31 – 3559 – 3224./Grêmio Literário Tristão de Ataíde – GLTA. Contato: 31 – 3551 – 1228.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Próxima apresentação do Madrigale (Música de Outono em Ouro Preto)

No próximo dia 20, às 20h30, na maravilhosa Igreja de São Francisco, em Ouro Preto, cantaremos Música Brasileira, dentro do Música de Outono. Este é um projeto da Orquestra Ouro Preto e que convida a todos da seguinte maneira:

“Da atmosfera mágica do cinema que invade a cidade nessa semana, o passaporte direto para a música erudita. O cenário permanece inalterado, as montanhas da cidade barroca. Ao sair das salas do cinema, não se esqueçam de embarcar em novas histórias, em companhias de grandes músicos e com uma trilha sonora singular.

A Orquestra Ouro Preto convida para o concerto de abertura do Música de Outono, na próxima terça-feira, 18 de junho às 20h30, Casa da Ópera. Confira o enredo deste festival, contado através de melodias.”


Amanhã falo mais sobre o projeto. Por enquanto, apreciem o belo cartaz já divulgado:





terça-feira, 11 de junho de 2013

Qual será o futuro dos coros nesta BH?

Belo Horizonte já foi o grande referencial de coros deste nosso país, principalmente pela existência, há algumas décadas atrás de um número expressivo de bons coros, dos quais cito alguns: Ars Nova, Madrigal Renascentista, Júlia Pardini, Usiminas, Assefaz, etc... No entanto, vivemos, no presente, momento, um decaimento vertiginoso da qualidade do nosso produto coral, já que alguns coros já se acabaram e outros amargam o esquecimento e a grande dificuldade de conseguirem bons cantores. Se não bons cantores, pelo menos a dificuldade é grande de se conseguirem cantores dispostos a realizarem um trabalho sério.

Há motivos claros para isto? Seria a política cultural? Seriam os festivais de coros de cunho turístico feitos por várias cidades e alguns coros e regentes oportunistas destas mesmas cidades, os quais os organizam? Seriam os professores de canto que ainda acreditam que os seus alunos estragarão suas belas vozes cantando em um coro? Seria a necessidade cada vez maior de bolsas e/ou salários que sustentem este mundo de cantores ditos profissionais que existe no nosso meio? O que será? Recebo notícias fresquinhas de que está acontecendo o mesmo fenômeno na Europa. Seria, então, a crise? Difícil saber.


Há 15 anos, quando da tentativa de melhor o padrão geral dos coros em nossa cidade, eu avisei a alguns que tomassem muito cuidado, pois a desmedida busca pela melhoria geral poderia trazer conseqüência para o futuro, já que o movimento de formação constante de cantores, proporcionada pelos coros menores em direção aos maiores e mais desenvolvidos, sempre foi a grande riqueza coral de nossas Minas Gerais. Nem mesmo eu podia imaginar que o resultado seria tão catastrófico. Onde estão os bons coristas de minha terra? Olhem para trás, meninos, pois nós já fomos os mais disputados deste país. Nossos melhores cantores (solistas) saíram dos melhores coros. Acordem!!!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O que é um madrigal?

Tomando como base a formação coral, diz-se que um madrigal é um coro pequeno, de até 24 cantores. Além disso, por ser de câmara, tem por especialidade cantar peças da renascença, sobretudo madrigais!!! Ficamos na mesma.

Então, musicalmente, MADRIGAL é uma composição musical vocal profana, da Renascença ou do primeiro barroco. No madrigal, o compositor tenta expressar as emoções contidas em cada linha, e algumas vezes em palavras individuais, de um poema célebre.

Observem como Monteverdi explora as palavras no madrigal “Io mi son giovinetta” criando floreios representativos:

"Eu sou uma jovenzinha,
e rio e canto na nova estação.
Cantava a minha doce pastorela
quando subitamente
em resposta àquela canção, o meu coração
cantou qual um passarinho belo e feliz:"
"Eu também sou um jovenzinho
e rio e canto à gentil e bela
primavera do amor
que nos teu belos olhos floresce." E ela diz:
"Fuja, se você é sábio," disse, "do ardor;
fuja, pois neste raio
não haverá mais primavera para ti."
- Guarini (?) –


(A propósito: quando o Madrigale surgiu, tinha uma formação de 13 cantores o que tornou o nome óbvio. Naquela época, o Coro Madrigale era, tão somente, MADRIGALE.)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Saudades de Carlos Alberto Pinto Fonseca

O maestro estaria comemorando seu aniversário no dia de hoje. Passados 7 anos desde sua morte, ainda hoje ele é citado como um modelo como regente, ensaiador, formador e amigo. Responsável pela formação e condução de coros (foi ele um dos fundadores do Madrigal Renascentista e grande regente do Ars Nova), criou uma escola própria de regência, responsável pela formação de um sem número de bons regentes do nosso tempo. Como compositor, deixou algumas obras que são conhecidíssimas do público coral: Missa Afro-brasileira, Jubiabá, Muié rendêra, Galo garnizé, Iemanjá, etc. as quais precisam ser cantadas constantemente para que a memória deste grande músico continue presente em nossa vida musical. Que não nos esqueçamos do Maestro!!!




quinta-feira, 6 de junho de 2013

4 Cantos de junho - Coral BDMG (Divulgação)





Hoje, às 19h30, o BDMG Cultural apresenta mais um concerto da série Quatro Cantos Coral na Praça. Os corais convidados da noite são Coral BDMG (Maestro Arnon Oliveira), de Belo Horizonte; Coral Tom Maior (Maestro Adeuzi Batista Filho), de Mariana; Coral Campus em Canto (Maestro Daniel Rezende Lopes), de Almenara, e Coral Musicanto (Maestro Divino Francisco de Castro), de Contagem. Neste 20º ano de criação, o programa homenageia, ao final de cada apresentação, pessoas que passaram pelo projeto e que apoiaram essa inciativa de divulgação da música coral e dos grupos mineiros que se dedicam ao gênero.

A série Quatro Cantos Coral na Praça foi criada pelo Coral BDMG, em 1993. Desde o seu início, o programa se dedica a divulgação e a valorização dos coros mineiros e do canto polifônico no estado. Os concertos mensais, realizados na Praça da Liberdade, de abril a setembro, integram o calendário cultural de Belo Horizonte e apresentam, sempre às primeiras quintas-feiras, o Coral BDMG e mais três grupos corais de Minas. 

Reconhecido como um dos mais importantes eventos de canto coral no estado e pioneiro neste formato, o Quatro Cantos Coral na Praça registra a participação de mais de 250 coros, de diversos municípios mineiros, entre infantis, adultos, de formação recente e consagrados.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Uma Rosa que foi para o céu

Quis o destino que eu tivesse o contato com a primeira turma do Madrigal Renascentista. Senhoras maravilhosas, as quais eu aprendi a chamar de “meninas”, pois assim elas carinhosamente se chamam. Ainda são muitas, apesar das várias primaveras que cada uma tem acumuladas na vida. Dentre várias, um primeiro contato aconteceu com as belas Terezinha Miglio, Malinha, Melinha e Mira (deveria chama-las de “senhoras”, mas não me permitem). Entre elas, a alegria é o que impera, tendo sempre a lembrança dos tempos de Madrigal como assunto principal. E não poderia ser de outra forma.

Após este contato, conheci “a divinal” Maria Lúcia Godoy. Divinal porque assim era chamada em outras épocas, mas também divinal porque é a própria encarnação do carisma e da simpatia. Mas não é desta Godoy que falo neste momento, mas de outra das “Hermanitas Godoles”: Rosa. Ou Pitucha, como todos a conheciam nos círculos do Madrigal. (Foram 7 os Godoy que cantaram no Madrigal Renascentista: Maria Lúcia, Ana Maria, Pitucha, Maria Amélia, Mauro, Amaury e Gilberto (o irmão que chamava as irmãs de Hermanitas Godoles).

Mas, que eu me concentre na Pitucha. Rosa só não esteve no primeiro ensaio, mas entrou logo no grupo e foi sempre aquela figura que colocava as coisas para funcionar: a formiguinha. Conta Maria Lúcia que foi ela quem conseguiu as passagens para a primeira viagem do Madrigal à Europa, em 1958. Como? Simples. Vestida em uniforme de colégio, ficou sabendo que o presidente JK estava em BH e partia para o Rio, junto com o Ministro Clóvis Salgado. Não teve dúvidas. Foi até o aeroporto da Pampulha e cercou o presidente. Este disse a ela que não tinha tempo naquele momento, mas que retornaria a BH ainda naquele dia, e se ela quisesse poderia ir com ele até o Rio para explicar do que se tratava. Então, ela foi e quando retornou tinha as passagens. E sempre foi assim em todas as viagens durante anos. Lá estava a Pitucha buscando os recursos necessários para que o Madrigal pudesse cumprir seu destino de se tornar um dos melhores do mundo.


Muitos foram os que deram um bocado do seu coração por este tão querido Madrigal Renascentista. Muitos eu poderia citar ao longo de dias. Mas, neste momento, fica uma homenagem curta e sincera à pequena, mas magnífica, Pitucha, quem Deus levou para movimentar os coros do céu. Fica na minha memória a cena de suas “irmãs” do Madrigal cantando para ela, ontem, um último “É a Ti, Flor do Céu”. Para ela, um merecido: Viva Pitucha!!!


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Asa Branca (Coro da OSESP)

Neste mês, o Madrigale se dedica à música brasileira. Pra começarmos bem a semana, ouçamos o Coro da OSESP. Uma beleza!!!