terça-feira, 11 de junho de 2013

Qual será o futuro dos coros nesta BH?

Belo Horizonte já foi o grande referencial de coros deste nosso país, principalmente pela existência, há algumas décadas atrás de um número expressivo de bons coros, dos quais cito alguns: Ars Nova, Madrigal Renascentista, Júlia Pardini, Usiminas, Assefaz, etc... No entanto, vivemos, no presente, momento, um decaimento vertiginoso da qualidade do nosso produto coral, já que alguns coros já se acabaram e outros amargam o esquecimento e a grande dificuldade de conseguirem bons cantores. Se não bons cantores, pelo menos a dificuldade é grande de se conseguirem cantores dispostos a realizarem um trabalho sério.

Há motivos claros para isto? Seria a política cultural? Seriam os festivais de coros de cunho turístico feitos por várias cidades e alguns coros e regentes oportunistas destas mesmas cidades, os quais os organizam? Seriam os professores de canto que ainda acreditam que os seus alunos estragarão suas belas vozes cantando em um coro? Seria a necessidade cada vez maior de bolsas e/ou salários que sustentem este mundo de cantores ditos profissionais que existe no nosso meio? O que será? Recebo notícias fresquinhas de que está acontecendo o mesmo fenômeno na Europa. Seria, então, a crise? Difícil saber.


Há 15 anos, quando da tentativa de melhor o padrão geral dos coros em nossa cidade, eu avisei a alguns que tomassem muito cuidado, pois a desmedida busca pela melhoria geral poderia trazer conseqüência para o futuro, já que o movimento de formação constante de cantores, proporcionada pelos coros menores em direção aos maiores e mais desenvolvidos, sempre foi a grande riqueza coral de nossas Minas Gerais. Nem mesmo eu podia imaginar que o resultado seria tão catastrófico. Onde estão os bons coristas de minha terra? Olhem para trás, meninos, pois nós já fomos os mais disputados deste país. Nossos melhores cantores (solistas) saíram dos melhores coros. Acordem!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário