terça-feira, 7 de maio de 2013

Coro de Câmara de Lisboa


Coro de Câmara de Lisboa
Sempre acreditei que um maestro de coro tem que ter seus objetos de desejo, ou seja, coros que são referenciais a serem alcançados. Na história do Madrigale, vários foram os coros que me serviram de referencial, seja como objetivo de sonoridade, organização, repertório, etc. Um, no entanto, serve sempre como exemplo, e aqueles que passaram pelas fileiras do coro já me ouviram falar dele e de como ele foi importante na primeira história do Coro Madrigale: o Coro de Câmara de Lisboa.

Em 1993, ano de nossa fundação, eu fui informado que um coro de Portugal, trazido pelo salutar contato de Tia Elza e do Coral Júlia Pardini, iria se apresentar no Palácio das Artes. Não dei muita confiança. No dia seguinte, vários colegas não conseguiam parar de tecer elogios ao belo grupo, criado e patrocinado pela Fundação Gulbekian, de Portugal, e em excursão pelo Brasil. Fui, então, atrás do tal coro em Mariana, lugar de sua próxima apresentação.  Foi deveras uma surpresa, positiva por demais, o ver aquele coro, 16 integrantes, cantando em meia lua, com um repertório que ia da renascença ao século XX, com uma precisão e sonoridade que era justamente aquilo que eu buscava para o jovem coro que eu criara.

Foi um estudo intenso. Tive um dos seus discos como referencial de estudo, do qual eu aprendi a essência de peças como Alleluia de Thompson, O Magnum Mysterium de D. Pedro de Cristo, Lux Aeterna de Ligetti. Enfim, foi uma luz surgida num momento em que era necessária, e eu fui atrás dela montando o Madrigale à maneira daquele coro.

Por anos eu busquei notícias deles, sempre sendo informado de que eles estavam em plena atividade na sua terra natal, mas que não se preocupavam muito com a divulgação internética dos nossos tempos. No entanto, eis que achei este vídeo, com o Coro de Câmara de Lisboa, cantando o Alleluia de Thompson.
A este coro eu dou muitas, muitas vivas!!!




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