sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Te Deum – Manoel Dias de Oliveira

           Segundo o músicólogo José Maria Neves, a antiga diretora do Museu da Música de Mariana, Profª. Conceição Rezende, atribuiu este Te Deum a Manoel Dias de Oliveira, célebre compositor nascido em São José del Rei (Tiradentes), e a aponta como sendo a obra executada, em maio de 1792, para celebrar o Malogro da Inconfidência Mineira. A primeira informação pode ser comprovada hoje, pois fragmentos ausentes de partes instrumentais foram encontrados e comprovam a autoria do mestre mineiro. A segunda permanece como uma hipótese das mais interessantes. Toda a tensão mantida durante o Te Deum pode ser analisada, com certeza, como o posicionamento de um inconfidente, pois Manoel Dias o era, perante um momento de conturbação máxima no qual ele não podia se expor sob o risco de também ser preso.
            José Maria Neves chama a atenção, ainda, para a divisão da peça em 4 movimentos, sendo que o último deles é realizado com a frase final da oração: Non confundar in aeternum (... que não sejamos confundidos para sempre). Uma mensagem inconfidente aos do seu tempo e à posteridade? Talvez nunca saibamos...

            Aqui o Madrigale interpreta o primeiro movimento, Te Deum.

Clique aqui para assistir:

Um comentário:

  1. Isso é um delírio histórico sem qualquer base documental. A frase final do texto faz parte da liturgia. Todos os finais de Te Deum da época, e até mesmo depois, terminam com grande dramaticidade. Só quem não está familiarizado com compositores portugueses e italianos dessa mesma época é que insiste na atribuição absurda desta obra à Manuel Dias de Oliveira. Harry Crowl.

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