quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A Missa em si bemol, de José Maurício Nunes Garcia


O padre José Maurício foi o principal músico brasileiro do princípio do século XIX. Escreveu a Missa em si bemol, a três vozes, no ano de 1801 e há uma dúvida se a mesma teria sido construída para essa formação mais simples ou se a parte mais grave, de baixos, se perdeu. Conhecendo e estudando a peça há anos, não creio nessa hipótese de falta de uma parte, pois a integridade da obra em nada é afetada com a inexistência de mais uma voz de coro.

Diferentemente de outras obras maiores, como a Missa Santa Cecília, a Missa em si bemol, que bem poderia ser chamada de Missa Pequena ou Missa Brevis tem em si uma singeleza e uma leveza que chamam a atenção já na execução do Kyrie, o que transparece uma intenção do compositor em construir uma peça musical que estivesse de acordo com um pensamento introspectivo e terno. Solos expressivos de soprano e contralto nos remetem ao ambiente de oração íntima, mais do que aos aspectos exuberantes de outras missas solenes. Apesar de ter sido escrita para pequena orquestra, há uma redução para órgão ou harmônio realizada pelo Pe. René-Maria Brighenti e editada pela Editora Vozes, de Petrópolis. Essa será a que usaremos na missa de amanhã, no Carmelo de Belo Horizonte. Como essa partitura é, hoje, difícil de ser conseguida, fiz uma cópia que coloco à disposição de quem quiser. Basta enviar e-mail para madrigale@madrigale.com.br que retornarei com o material em pdf.

Lembrando: Missa Solene no Carmelo de BH (Rua Desembargador Tinoco, 322 - Bairro Monsenhor Messias - Belo Horizonte), 8h30, 15/10/2015. Um Madrigale reduzido se apresentará (por falta de espaço na Capela) sendo solistas Carolina Claret e Indaiara Patrocínio (sopranos), Mariana Redd (contralto) e Hendrigo del Freitas (tenor).

Carolina Claret

Hendrigo del Freitas

Indaiara Patrocínio

Mariana Redd

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