quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Missa em si menor (Kyrie 2)


Na partitura da Missa, Bach integrou todas as correntes compositivas historicamente conhecidas, desde a mais estrita polifonia renascentista até os mais modernos estilos galantes. Apesar de sua extensão (cerca de 2 horas são necessárias para executar todas as partes, e por isto dividimos sua execução em dois concertos) e da incrível variedade de fontes e estilos que sintetiza, a Missa em Si menor é um prodígio de unidade estrutural e oculta sob a superfície um imenso trabalho de adaptação e recriação musicais.

O Kyrie 2 é muito mais curto do  que o primeiro, mas não menos intenso e complexo sob o ponto de vista da sua composição. Como não poderia deixar de ser, uma fuga é a forma escolhida por Bach para fechar a primeira seção, mas nesta peça o coro é tratado a 4 vozes e os instrumentos (flautas, oboés, fagotes e cordas) dobram as vozes, num recurso muito utilizado pelos compositores luteranos alemães quando da execução de hinos religiosos. Isto amplifica o coro, gerando uma riqueza timbrística característica muito utilizada, sobretudo nas Paixões em Bach.

3. Kyrie eleison (no vídeo o Coro de São Tomás, em 2000)


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